Folheada ou Banhada a Ouro? – Qual a diferença?
São diferentes, sabia?
Para se folhear uma peça, seja ela uma joia, relógio ou outro objeto, aplica-se uma fina camada de ouro ou prata, por exemplo, e então, com uma forte compressão essa folha irá aderir ao “folheado”.
Esse método foi muito utilizado durante o Período Barroco e é fácil encontrar em igrejas históricas, imagens de santos, arabescos e até altares inteiros folheados a ouro, não deixe de conhecer as igrejas históricas de Minas Gerais se estiver por lá, são lindas e valem aquela aula de história que a gente deixou no passado !! A folheação exige objetos planos, chapas ou canetas para ser eficaz e por esse motivo tem sido deixada de lado nos últimos anos e dando espaço ao procedimento de banhar, que é mais fácil e eficiente, podendo ser feitas várias peças de uma só vez.
O banho a ouro é um processo completamente diferente do folheado, e é chamado assim porque literalmente se banha a joia ou objeto. Consiste em mergulhar o metal base em uma solução de sais e ouro e depois liga-lo numa corrente elétrica, num processo chamado galvanoplastia. Nessa técnica o metal é transportado e depositado na superfície das peças brutas que estão sendo tratadas. Pode ser utilizado em outros metais como prata, níquel, cromo e cobre (como é o caso das peças cromadas, prateadas, etc.) e o tempo de imersão depende de cada material para se conseguir uma boa fixação. A camada será mais ou menos espessa dependendo do tempo de mergulho.
Para uma boa douração, a peça tem que ter uma espessura de no mínimo 0,02mm ou 20 microns e abaixo disso é considerada bijuteria – nós trabalhamos com 0,05mm e algumas peças recebem até 0,07mm. Por ser muito eficiente, o processo de galvanoplastia é responsável por banhar quase 100% das joias que estão no mercado.
As semijoias banhadas são as melhores opções disponíveis atualmente: além de ser um processo mais fácil, tem maior eficiência e possui maior durabilidade, além do aspecto mais brilhante.
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